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11-11-2005

Governo quer Portugal a liderar aproveitamento da energia das ondas


Energia

O secretário de Estado Adjunto da Indústria e Inovação disse hoje que o Governo tudo fará para colocar Portugal "no mapa do mundo" como país com condições para desenvolver tecnologia para aproveitamento da energia das ondas.

Castro Guerra, que hoje presidiu à abertura do seminário "Energia das Ondas", promovido pelo Centro de Energia das Ondas, afirmou que a Direcção-Geral de Geologia e Energia (DGGE) está a estudar uma tarifa que rentabilize a aplicação deste tipo de tecnologia na produção de energia e que serão criadas condições aos investigadores para, com os investidores, desenvolverem essas tecnologias.

Por outro lado, afirmou, serão criadas condições de licenciamento para que os investidores "não soçobrem ao peso da burocracia", lembrando que "não é tarefa fácil" licenciar empresas em off shore.

Para o secretário de Estado, o facto de o desenvolvimento de tecnologias para o aproveitamento da energia das ondas estar ainda em fase embrionária poderá fazer da plataforma marítima portuguesa, em zonas circunscritas, um espaço onde elas podem ser desenvolvidas, sendo objectivo que Portugal possa dominar "uma das oito tecnologias actualmente em desenvolvimento".

António Sarmento, director do Centro de Energia das Ondas, disse à Agência Lusa que existem condições para comercializar a energia produzida a partir das ondas do mar num prazo de quatro a cinco anos, tudo dependendo da preparação da rede eléctrica para receber essa tecnologia e da capacidade dos fornecedores para produzirem os equipamentos necessários.

"A energia das ondas está como estava a eólica há 10 ou 15 anos", com a vantagem que a experiência da eólica "permite perceber que a oportunidade não deve ser perdida", afirmou.

No seu entender, o crescimento desta forma de energia alternativa pode ser "muito acentuado" se a tecnologia mostrar que "tem pernas para andar" e se os governos "criarem condições para o seu desenvolvimento", facilitando o licenciamento, criando os postos de ligação à rede e definindo o tarifário.

Para António Sarmento, Portugal "tem condições para se tornar num dos países lideres na demonstração e industrialização desta forma de energia", lembrando que das quatro tecnologias em fase de teste de protótipos no mar uma, a de coluna de água oscilante, utilizada na central de ondas da ilha do pico, é de tecnologia "quase exclusivamente nacional".

A central do Pico, construída em 1998, está a funcionar, em regime experimental, desde 2003, depois de, em 2001, ter entrado numa fase de "quase abandono", servindo a sua experiência de base à central que vai ser incorporada no molhe Norte da Foz do Douro e às flutuantes que se encontram em estudo, afirmou.

António Sarmento disse à Lusa apoiar a pretensão do Governo de criar uma zona piloto, no sentido comercial, uma vez que é mais fácil criar situações de excepção em termos da regulamentação e dos processos de licenciamento numa zona delimitada.

Segundo disse, embora as centrais do Pico e da Foz do Douro sejam construídas junto à costa, é no alto mar, em águas de profundidade de 50 a 80 metros, normalmente localizadas entre cinco a 10 quilómetros da costa no caso do centro e norte de Portugal, que se "espera que venha a ser feito o aproveitamento em larga escala das ondas do mar".

De acordo com um estudo feito para a DGGE, nos mais de 300 quilómetros de costa, e depois de excluídas as zonas de alta sensibilidade ambiental e os canais de navegação de acesso aos portos (cerca de 20 por cento), é possível instalar uma potência de cinco gigawatts, que produzirá 20 por cento do consumo anual actual de energia eléctrica.

"A energia das ondas resulta da acção do vento sobre grandes extensões dos oceanos, prevendo-se que o mercado mundial associado seja de cerca de 350 mil milhões de euros e o nacional de 5.000 milhões de euros", disse António Sarmento, sublinhando que "não se esperam impactes ambientais significativos deste tipo de aproveitamentos".

No projecto estão já a trabalhar nove empresas nacionais, a que se associou uma empresa holandesa, e três instituições de investigação e desenvolvimento que se associaram no Wave Energy Center - Centro de Energia das Ondas, instituição privada sem fins lucrativos que visa promover o desenvolvimento e o apoio à comercialização desta forma de energia.


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